Imagens de uma mãe e seu filhote de gato-maracajá (Leopardus wiedii) registradas na Reserva Rio Bonito destacam a importância da preservação ambiental na região.
Na última semana, câmeras do Projeto Aventura Animal capturaram imagens raras de uma fêmea de gato-maracajá e seu filhote na Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Rio Bonito, localizada em Lumiar, distrito de Nova Friburgo. Este registro é especialmente significativo, pois o gato-maracajá é uma espécie ameaçada de extinção no Brasil.
O gato-maracajá é classificado como “Vulnerável” pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudanças do Clima, indicando que sua população está em declínio devido a ameaças como caça, desmatamento, fragmentação do habitat, atropelamentos e doenças transmitidas por animais domésticos. Este felino de médio porte possui pelagem amarelo-dourada com rosetas escuras e é conhecido por sua habilidade de viver em árvores, passando a maior parte do tempo nelas. Adaptado a ambientes florestais, desempenha um papel crucial no equilíbrio ecológico, predando pequenos animais e contribuindo para a saúde do ecossistema.
A RPPN Rio Bonito de Lumiar, onde o registro ocorreu, é uma área de preservação vital para a fauna e flora locais. Especialistas do Projeto Aventura Animal ressaltam que este flagrante reforça a necessidade de intensificar os esforços de conservação e proteção desses habitats. A preservação de áreas como a RPPN é essencial para garantir a sobrevivência de espécies ameaçadas como o gato-maracajá.
Biólogos e ambientalistas destacam que o registro também evidencia a importância da conscientização da população sobre práticas que minimizem os impactos no meio ambiente, como o combate à caça ilegal e o manejo responsável de animais domésticos. O flagrante desses felinos é um lembrete poderoso de que a conservação não é apenas uma responsabilidade dos órgãos públicos, mas um compromisso coletivo.
Editorial Conexão Lagos