Um estudo conduzido pelo Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz) revelou a presença do verme Angiostrongylus cantonensis, causador da meningite eosinofílica, em 26 municípios do estado do Rio de Janeiro. As coletas foram realizadas entre 2015 e 2019, e os resultados foram recentemente publicados na revista científica Memórias do Instituto Oswaldo Cruz.
Caramujos e Riscos à Saúde
Durante a pesquisa, os cientistas identificaram 14 espécies de moluscos terrestres, incluindo o caramujo gigante africano (Achatina fulica), caracóis e lesmas. Seis dessas espécies apresentaram infecção pelo verme, sendo o caramujo gigante africano o mais encontrado e com maior número de espécimes infectados.
De acordo com a chefe adjunta do Laboratório de Malacologia do IOC, Suzete Rodrigues Gomes, essas espécies de moluscos são amplamente distribuídas e comuns em áreas urbanas, como quintais, hortas, jardins e terrenos baldios, onde podem entrar em contato com roedores, que são hospedeiros definitivos do verme.
Medidas de Prevenção
Para evitar infecções, os especialistas recomendam:
•Uso de luvas ou sacos plásticos ao manusear caramujos, caracóis ou lesmas;
•Evitar consumir moluscos crus ou mal cozidos;
•Higienizar hortaliças e verduras com atenção;
•Adotar ações coletivas de controle ambiental para reduzir populações de moluscos e roedores.
Alerta e Conscientização
A presença do Angiostrongylus cantonensis é um alerta para a saúde pública. Medidas de controle e conscientização são fundamentais para prevenir o avanço da meningite eosinofílica, que pode trazer graves riscos à saúde.
Mais Informações
Acesse o site oficial da Fiocruz: www.ioc.fiocruz.br
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