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quinta-feira, 13 março, 2025

COLABORE

“Fiz tudo por Bolsonaro e perdi tudo,” diz Mauro Cid em delação

Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, afirmou que o ex-presidente e seus aliados “se deram bem” e ficaram “milionários”, enquanto ele próprio “perdeu tudo”. As declarações, realizadas em 22 de março de 2024, vieram à tona após o ministro Alexandre de Moraes levantar o sigilo das delações relacionadas à tentativa de impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2023.

Venda de Joias e Repasses Financeiros

Cid detalhou que vendeu joias recebidas por Bolsonaro durante seu mandato e repassou os valores ao ex-presidente. Especificamente, foram vendidos relógios das marcas Rolex e Patek Philippe por R$ 68 mil, além de um conjunto de joias da Chopard por R$ 18 mil, totalizando R$ 86 mil. Essas transações ocorreram nos Estados Unidos em 2022.

Planejamento de Golpe de Estado

Em sua delação, Cid revelou que Bolsonaro editou uma minuta de decreto com intenções golpistas, focando em dois pontos principais: a prisão do ministro Alexandre de Moraes e a realização de novas eleições presidenciais. O plano não foi adiante devido à resistência do comandante do Exército, general Freire Gomes, e da maioria do Alto Comando, que se mantiveram fiéis às instituições democráticas.

Monitoramento de Autoridades

Além disso, Cid afirmou que Bolsonaro ordenou o monitoramento da rotina do ministro Alexandre de Moraes, referindo-se a ele pelo codinome “professora”. Essa ação fazia parte de uma estratégia mais ampla para minar a confiança nas instituições e preparar o terreno para ações antidemocráticas.

Repercussões e Desdobramentos

As revelações de Cid foram fundamentais para a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Bolsonaro e outros 33 indivíduos, acusados de organizar uma trama golpista para impedir a posse de Lula. A denúncia destaca que os envolvidos comemoraram os atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023 como uma “última esperança” para consolidar o golpe.

Em resposta, Bolsonaro classificou as acusações como “fantasiosas” e negou qualquer tentativa de golpe, afirmando que sempre atuou dentro dos limites constitucionais.

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