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sábado, 15 março, 2025

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Secretaria de Pessoa com Deficiência e Inclusão capacita funcionários para atuarem com cão-guia


Foto: Katito Carvalho

A Prefeitura de Maricá, por meio da Secretaria de Pessoa com Deficiência e Inclusão, concluiu nesta sexta-feira (21/02) o curso de “Cão-guia como forma de mobilidade e inclusão social”, destinado aos profissionais que atuam no Centro de Referência em Políticas Inclusivas (CRPI) de Maricá. A capacitação teve duração de dois dias e foi realizada no Cine Henfil e na sede do CRPI, onde os funcionários passaram pela experiência de andar com o cão-guia.

No curso com carga horária de cinco horas, os alunos tiveram aula teórica do tema, passando por conhecimento histórico da prática, suas leis e a articulação com as organizações do governo e não-governamentais. A turma conheceu também as técnicas de treinamento com o cão-guia e a preparação para sua socialização.

A secretária de Pessoa com Deficiência e Inclusão, Tatiana Castor, explicou que o intuito da palestra é capacitar os profissionais para que estejam aptos a utilizarem a Terapia Assistida por Animais – anteriormente denominada de Cinoterapia – que está em fase de estudos para ser implementada no município. O objetivo é atender com eficiência aos assistidos nos centros de reabilitação. “Existem estudos comprovando que todo estímulo com animais melhora na qualidade cognitiva e na fala, sendo de grande relevância para os assistidos. Então, é mais uma terapia para ser inclusa no nosso município”, afirmou.

Segundo a secretária, a capacitação com cão-guia também vai possibilitar aos profissionais um atendimento melhor àqueles que têm baixa visão ou que são deficientes visuais. “No Sarem, temos alguns assistidos com baixa visão e isso já seria um instrumento para auxiliá-los no dia a dia. O cão-guia já é uma realidade no Brasil e o intuito é começar a inseri-lo nas nossas terapias”, disse.

Cão-guia no cotidiano das pessoas

O instrutor George Thomaz Harrison informou que antes de iniciar o trabalho com o cão-guia, é necessário o animal passar por um processo de socialização. “Quando falamos de treinamento de cão-guia, precisamos preparar a sociedade para receber essa realidade. O cão-guia tem uma fase que se chama socialização, que é quando as famílias voluntárias vão pegar esse cachorro e inseri-lo no cotidiano: levá-lo até a escola, no restaurante, no cinema e no shopping. Porém, muitas vezes é proibida a entrada desses cachorros. Só que existe uma lei federal que permite que o cão-guia circule pela sociedade”, contou.

Participando da palestra, a pedagoga Talita Furtado, de 42 anos, destacou que além do seu trabalho, a prática pode ser aplicada em sua vida pessoal. “A minha mãe, por exemplo, ficou cega e eu não tinha conhecimento da dimensão desse projeto. Isso está me ajudando a entender como eu posso ajudar a minha mãe a partir desse curso”, informou.

Analista de suporte na área de informática do CRPI, Bruno Ramos, de 36 anos, acredita que a capacitação vai dar mais autonomia na locomoção dos cegos. “Temos uma dificuldade muito grande na cidade de ver esse público na rua. Com o cão-guia, eles criam a independência necessária para se sentirem confortáveis para sair e andarem pelas ruas. Então, é muito importante a função do cão-guia”, declarou.

Sobre a Secretaria da Pessoa com Deficiência e Inclusão

A Secretaria da Pessoa com Deficiência e Inclusão tem o objetivo de viabilizar a oferta de oportunidades iguais de acesso a bens e serviços a todas as pessoas e proporcionar inclusão social. Para isso, realiza uma série de ações e projetos voltados para pessoas que, de alguma forma, sofrem algum tipo de exclusão, como pessoas com deficiência, negros, indígenas, mulheres, comunidade LGBTQIA+, egressos do sistema prisional e seus familiares, pessoas que necessitam de apoio psicológico e pessoas em vulnerabilidade social.

A pasta possui oito equipamentos e sete núcleos de trabalhos específicos, são eles: Psicovida, Escritório Social, Centro de Referências em Políticas Inclusivas (CRPI), Sarem 1 e 2, Casa do Autista, Centro de reabilitação, Centro de Atenção Integral à Família, Núcleo de Orientação Jurídica, Núcleo de Equoterapia, Núcleo de Acolhimento, Núcleo de Assuntos Urgentes e Divulgação de Trabalhos Externos, Núcleo de Busca Ativa, Núcleo de Articulações com as Minorias e Núcleo de Captação de Vagas de Empregos e Diálogos com o Empresariado.

 

Fonte: Prefeitura de Maricá

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