Na manhã desta segunda-feira (17), teve início a formação “Educação Escolar Quilombola: Tecendo Saberes e Aprofundando Práticas Pedagógicas”, realizada na Escola Municipal Agrícola Nilo Batista. A iniciativa, promovida pela Secretaria Municipal de Educação por meio da Superintendência Pedagógica – Supervisões de Projetos e Iniciativas Educacionais e de Formação Continuada, busca qualificar servidores para um ensino mais inclusivo e representativo.
O objetivo da formação é oferecer uma base teórica, estimular diálogos e reflexões sobre as práticas pedagógicas voltadas para escolas situadas em territórios quilombolas ou que atendem alunos quilombolas. A proposta é valorizar e fortalecer a identidade dessas crianças e suas famílias, além de garantir o cumprimento da legislação que exige formação específica para os professores que atuam nessa área.
A formação está sendo conduzida pela professora Juliana Pacheco de Oliveira, doutoranda em Educação, mestre em Ensino de História, dinamizadora de Educação Escolar Quilombola na rede municipal de ensino de Cabo Frio e coordenadora de Educação Escolar Quilombola e Antirracista da Prefeitura de São Pedro da Aldeia.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Cabo Frio é o município do estado do Rio de Janeiro com a maior população quilombola. Atualmente, a cidade conta com 11 escolas de Educação Escolar Quilombola (EEQ) e seis comunidades reconhecidas pela Fundação Cultural Palmares.
Discutir o pertencimento ao contexto quilombola e à cultura afro-brasileira é essencial para a construção de um ensino que respeite e valorize as identidades. A educação antirracista é uma ferramenta fundamental no combate ao racismo estrutural, promovendo igualdade, respeito e uma convivência mais harmônica na sociedade.