Você sabe como é classificada a intensidade da chuva?
Quando os meteorologistas do Sistema Alerta Rio e outros órgãos, como o Instituto Nacional de Meteorologia, indicam, por exemplo, a previsão de chuva moderada a muito forte no Rio de Janeiro, você já sabe que pode chover bastante. Mas o que isso significa, cientificamente, para a meteorologia?
Dizer que a chuva é moderada significa que o volume deve ficar entre 5mm/e 10mm/h. Já se ela superar o volume de 50mm em uma hora, é classificada como muito forte.
Este tipo de previsão envolve diferentes análises de modelos de cálculos, que levam em consideração diversos fatores, como temperatura, umidade e pressão atmosférica, além da precipitação.
No mundo inteiro, as mudanças climáticas têm gerado alterações nos padrões e causando, por exemplo, períodos secos prolongados em algumas regiões e chuvas muito acima das médias históricas em outras.
Acompanhar os impactos causados pelo aquecimento global e monitorar clima e tempo de forma constante é essencial para diversos setores, como econômico, agrícola, ambiental, saúde pública, abastecimento de água, além de muitos outros.
Unificar a forma de metrificar a intensidade de chuva internacionalmente foi o objetivo da Organização Mundial de Meteorologia definiu que a quantidade de água é medida em milímetros, da seguinte forma: se chover 1 litro de água, numa área de 1 metro quadrado, a água chega a uma altura de 1 milímetro. Portanto, se fala em milímetros de chuva.
A classificação da intensidade varia de acordo com essa medição.
A chuva é considerada fraca quando, durante o período de uma hora, em uma área de um metro quadrado, o acumulado é menor do que 5mm.
Quando se diz que choveu de forma moderada, significa que a precipitação foi entre 5mm e 25mm em uma hora, em uma área do mesmo tamanho.
Para ser considerada forte, a intensidade varia de 25mm/h a 50mm/h. Muito forte é quando o acumulado é superior a 50mm em uma hora, em uma área de um metro quadrado.
As alterações nos padrões de intensidade da chuva em diferentes regiões são, segundo especialistas, são resultados de mudanças no clima causadas pelo aquecimento global. Vale lembrar que o ano de 2024 foi o ano mais quente em 175 anos, segundo relatório da Organização das Nações Unidas (ONU). Segundo a Organização Mundial de Meteorologia, foi o primeiro a ficar mais de 1,5 °C acima da temperatura no período pré-industrial.
Foto: Luciano Belford / Agência O Dia