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Saquarema
terça-feira, 29 abril, 2025

COLABORE

Europada em Saquarema: sem luz, sem glamour e sem drama (só suor e paciência)

Imagina, minha consagrada: a fina flor da Europa, toda trabalhada no berro de desespero, teletransportada para Saquarema, onde o fornecimento de energia elétrica é mais instável que a carreira da Karol Conká pós-cancelamento.

Só pra situar o espírito: em Londres, Paris e Berlim, bastaram algumas horinhas de apagão e o povo já tava surtando, correndo pros mercados como se fosse a final do BBB com camarote liberado. Já aqui em Saquacity? Meu amor, a luz falta com mais frequência do que o wi-fi da casa da minha avó, e a gente encara com uma naturalidade tão grande que dava pra vender como patrimônio cultural imaterial.

Em Saquarema, se venta, falta luz. Se esfria, falta luz. Se um passarinho espirra na rede elétrica, falta luz. E o que acontece? O mercado Gomes continua com o café caro e diz que está na promoção, o Juzan segue vendendo 30 ovos de codornas, digo ovos brancos com o valor na faixa das 20 estalecas. Nada muda em Saquacyity, até político falando que a lagoa está limpa existe.

Agora me diz, essas madames europeias, acostumadas com tecnologia de primeiro mundo, sobreviveriam sem ventilador no verão de 40 graus de Itaúna? Sem um delivery de pastel às três da manhã porque o sistema caiu? Sem um “reparo da Enel” que dura mais que novela da Globo? Jamais, amor. Com meia hora sem luz aqui, elas já estariam acampadas no quintal com vela de 7 dias na mão e lenço na cabeça, rezando pra São Clarão, o padroeiro da energia que nunca veio.

E a gente, resiliente que só, continua jogando Uno à luz de velas, fazendo churrasco improvisado na calçada e filosofando: “Se a luz não volta, pelo menos a cerveja tá gelada.”

Frase de impacto:
“Enquanto a Europa se desespera, Saquarema só respira fundo, abre uma Itaipava e espera… porque aqui o blackout é só mais uma terça-feira.”

Assinatura fixa:
Eu não dou opinião. Dou aula de sincericídio.

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