Uma explosão seguida de incêndio atingiu a plataforma PCH-1 (Cherne 1), operada pela Petrobras na Bacia de Campos, na manhã desta segunda-feira (21), deixando 32 trabalhadores feridos, entre eles um em estado grave. O incidente ocorreu a cerca de 130 quilômetros da costa de Macaé, no norte do estado do Rio de Janeiro, e levantou preocupações sobre a segurança das instalações offshore da companhia.
Segundo informações do Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF), o incêndio teve início por volta das 7h25 e só foi completamente controlado após cerca de quatro horas de combate às chamas. Durante o tumulto, um dos trabalhadores caiu no mar, mas foi resgatado com vida e levado para atendimento médico.
A maioria dos feridos sofreu queimaduras e inalação de fumaça. Até a manhã desta terça-feira (22), dez trabalhadores permaneciam internados, sendo que um deles está em estado grave, segundo boletim divulgado pelo sindicato.
A Petrobras confirmou o acidente e informou que uma comissão será instaurada para apurar as causas da explosão. A estatal ressaltou que a plataforma não estava em operação desde 2020, mas mantinha equipes de manutenção a bordo. O escoamento de gás foi interrompido e as comunicações da unidade ficaram temporariamente comprometidas.
🚨 Riscos de desmonte e falta de manutenção
Para o coordenador-geral do Sindipetro-NF, Sérgio Borges, o acidente é reflexo da “falta de investimentos em segurança e da precarização das estruturas da Petrobras na Bacia de Campos”. Ele também criticou o que chamou de “desmonte da estatal”, alertando para os riscos à vida dos trabalhadores diante de estruturas envelhecidas e com pouca manutenção.
A plataforma PCH-1 é uma das mais antigas da bacia, e segundo o sindicato, há muito tempo era apontada como uma estrutura que precisava de modernização ou descomissionamento.
🚧 Investigações e protocolos
A Petrobras se comprometeu a colaborar com as autoridades e órgãos reguladores e afirmou que está prestando apoio médico e psicológico aos trabalhadores e seus familiares. A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e a Marinha do Brasil já foram notificadas e devem acompanhar as investigações.
Repercussão na Região dos Lagos
Embora o acidente tenha ocorrido ao largo de Macaé, o impacto da notícia reverbera por toda a Região dos Lagos, onde muitos trabalhadores embarcados e familiares vivem. A tragédia acende um alerta importante sobre a segurança no setor petrolífero, que movimenta boa parte da economia da região.
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