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terça-feira, 22 abril, 2025

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Jovem com transtorno do espectro autista volta a preocupar familiares e moradores entre Iguaba e Araruama


Incidente na RJ-106 expõe desafios enfrentados por famílias de pessoas neurodivergentes e levanta debate sobre acolhimento e políticas públicas.

Na tarde desta segunda-feira (21), um novo episódio envolvendo Matheus, jovem de 22 anos diagnosticado com transtorno do espectro autista (TEA), reacendeu o alerta entre moradores da Região dos Lagos. Ele caminhava sozinho e em surto pelo meio da Rodovia Amaral Peixoto (RJ-106), entre o Centro de Iguaba Grande e o bairro Iguabinha, em um ato que colocou em risco sua própria vida e gerou forte impacto no tráfego local.

Motoristas que transitavam pela via precisaram reduzir drasticamente a velocidade, desviando e redobrando a atenção para evitar uma possível tragédia. Vídeos gravados por populares rapidamente se espalharam nas redes sociais, chamando a atenção da comunidade para o caso.

Esse novo surto acontece apenas um dia após Matheus ter desaparecido nas imediações da lagoa, durante o domingo de Páscoa (20). Na ocasião, a mobilização foi intensa, envolvendo familiares, moradores e equipes de resgate, até que ele fosse encontrado em segurança após algumas horas de busca.

A frequência com que esses episódios têm ocorrido causa angústia à família de Matheus e levanta questões urgentes sobre o suporte prestado a pessoas com TEA e seus cuidadores. Apesar de todo o carinho e cuidado, é evidente que faltam políticas públicas mais eficazes, acompanhamento especializado e estrutura de acolhimento a essas famílias, que muitas vezes lidam sozinhas com situações extremas.

Além do risco à integridade de Matheus, há também o impacto emocional e psicológico enfrentado por seus familiares, que vivem sob constante estado de alerta e preocupação. Não se trata apenas de um “caso isolado”, mas de um retrato real das dificuldades cotidianas vividas por diversas famílias em toda a região.

Especialistas em saúde mental destacam que o acolhimento de pessoas com autismo deve ir além do diagnóstico: é preciso oferecer acompanhamento multidisciplinar, estrutura adequada e, sobretudo, empatia social. A população também precisa ser orientada para compreender que crises como essas não são simples atos de rebeldia ou desobediência, mas manifestações muitas vezes incontroláveis de um cérebro que funciona de maneira diferente.

O caso de Matheus nos convida a refletir: como a nossa sociedade acolhe, compreende e protege pessoas neurodivergentes? Que tipo de rede de apoio real estamos oferecendo às famílias que enfrentam desafios como esse diariamente?

A Redação do Conexão Lagos se solidariza com a família de Matheus e reforça o apelo por mais atenção das autoridades locais. Que episódios como esse não sejam apenas manchetes passageiras, mas pontos de partida para mudanças estruturais.

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Por Editorial Conexão Lagos
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