María Elena Bergoglio, única irmã viva do Papa Francisco, não poderá comparecer ao funeral do pontífice devido a problemas de saúde que a impedem de realizar viagens longas. Aos 77 anos, María vive em Buenos Aires, sob os cuidados de freiras, e não via o irmão há 12 anos. Apesar de manterem contato frequente por cartas e telefonemas, a intensa agenda papal e as limitações de saúde de María dificultaram um reencontro presencial. Ela chegou a renovar o passaporte com a intenção de visitar o Vaticano, mas não recebeu autorização médica para viajar.
O Papa Francisco faleceu na última segunda-feira, 21 de abril, aos 88 anos, após sofrer um acidente vascular cerebral (AVC). Seu funeral está marcado para o sábado, 26 de abril, às 10h (horário local), na Praça de São Pedro, em Roma. O sepultamento ocorrerá na Basílica de Santa Maria Maggiore, conforme desejo expresso pelo próprio pontífice.
Relembrando: Revelações da irmã de Francisco sobre sua eleição inesperada
Em uma entrevista concedida logo após a eleição de Jorge Mario Bergoglio como Papa Francisco em 2013, sua irmã mais nova, María Elena Bergoglio, compartilhou detalhes íntimos sobre os sentimentos do irmão em relação ao papado. Segundo María Elena, Francisco não desejava ser escolhido para liderar a Igreja Católica. Na última conversa que tiveram antes do conclave, ele expressou claramente sua vontade de não ser eleito, despedindo-se com um simples “até a volta”, demonstrando confiança de que retornaria a Buenos Aires sem o título papal.
A família Bergoglio ficou surpresa com a escolha de Jorge como Papa, acreditando que o cardeal brasileiro Dom Odilo Scherer seria o eleito. María Elena, emocionada, relembrou o momento em que ouviu o anúncio “Habemus Papam” enquanto lavava a louça, ficando em choque ao reconhecer o nome do irmão. Ela também compartilhou memórias da infância de Jorge, destacando sua paixão por futebol e tango, e mencionou que, apesar de sua mãe inicialmente resistir à ideia de ele seguir a vida religiosa, acabou apoiando sua decisão ao ver sua felicidade.
María Elena, que vive em Ituzaingó, na Grande Buenos Aires, optou por não visitar o irmão no Vaticano, preferindo esperar por uma visita dele à Argentina. Ela enfatizou o amor de Francisco por Buenos Aires, cidade onde ele se sentia em casa e que relutava em deixar. Apesar de sua eleição como Papa, Francisco nunca retornou à Argentina, o que gerou questionamentos e sentimentos diversos entre os argentinos.
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