Ondas de frio fora de época, aumento de doenças respiratórias e impacto nas populações vulneráveis mostram que o clima no estado está mudando — e a saúde pública sente os efeitos
O outono de 2025 começou com temperaturas bem abaixo da média no estado do Rio de Janeiro, surpreendendo moradores e especialistas. Com frentes frias intensas, sensação térmica baixa e chuvas frequentes, o clima registrado nas últimas semanas está mais próximo do inverno — um cenário atípico que já preocupa profissionais da saúde e da meteorologia. As mudanças climáticas, segundo estudos recentes, estão tornando o clima mais instável e imprevisível, e os impactos na saúde da população fluminense são cada vez mais evidentes.
De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), os termômetros marcaram mínimas abaixo de 15°C em diversas regiões da Região dos Lagos, Baixada Fluminense e Região Serrana, ainda em abril — um fenômeno considerado raro para essa época do ano. Essa queda acentuada de temperatura já provoca aumento nos atendimentos por doenças respiratórias, principalmente entre crianças, idosos e pessoas em situação de vulnerabilidade social.
A saúde sente primeiro: gripes, crises respiratórias e agravamento de doenças crônicas
Segundo dados da Secretaria de Estado de Saúde do RJ, hospitais fluminenses já registram aumento nos atendimentos por síndromes gripais, crises asmáticas e agravamentos de bronquites e doenças pulmonares. O frio repentino, aliado à alta umidade, favorece a propagação de vírus e bactérias, agravando ainda mais a situação.
Quem mais sofre: moradores de rua e trabalhadores ao ar livre
A antecipação do frio atinge com mais força os que vivem em maior vulnerabilidade. Pessoas em situação de rua e trabalhadores expostos às intempéries — como pescadores, ambulantes, garis e outros profissionais de serviços externos — estão entre os mais prejudicados.
Em cidades como Cabo Frio, São Pedro da Aldeia e Petrópolis, as prefeituras já iniciaram ações emergenciais com distribuição de agasalhos, cobertores e alimentação quente. No entanto, especialistas alertam que essas medidas emergenciais não bastam diante da frequência com que os eventos extremos vêm ocorrendo.
Frio fora de época e calor extremo: o novo normal
O frio atípico registrado neste outono ocorre apenas meses após um dos verões mais quentes já registrados no estado, com sensação térmica de até 62°C na capital fluminense. Esse contraste escancara uma nova realidade climática: as estações estão cada vez mais desreguladas, reflexo direto das mudanças climáticas globais.
O que fazer? Prevenção e consciência coletiva
Diante do novo cenário, a população deve adotar cuidados redobrados com a saúde, como:
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Manter a vacinação em dia;
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Evitar exposição prolongada ao frio;
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Manter-se hidratado e com alimentação reforçada.
Por sua vez, o poder público precisa investir em:
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Infraestrutura de atendimento emergencial;
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Campanhas de conscientização;
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Planejamento urbano adaptado ao clima.
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